Santé!
A escolha de um vinho é questão pessoal, sem dúvida. Entretanto nosso gosto pode ser modificado por nossa própria curiosidade e aos poucos até por sugestões e influências tecnicamente corretas. Abrir o leque e despertar para descobertas é evoluir e adquirir novas sensações no mundo dos vinhos.
Com o verão intenso a pedida é por vinhos brancos jovens, leves, alegres, refrescantes e vivazes.
Dentre um ilimitado número de uvas brancas viníferas, separei algumas para você, querido leitor, conhecer e apreciar.
A uva Pinot Grigio, mutação da Pinot Noir, tem origem francesa na região da Borgonha, é por exemplo, uma ótima opção para quem quer um vinho aromático, às vezes condimentado, vivaz, divertido e saboroso. Esta uva de pele rosada, está bastante difundida no mundo vitivinícola. Na Alemanha é conhecida como Grauburgunder, na França como Pinot Gris, aliás é adorada na Alsácia onde produz vinhos ricos, do extra seco ao vendangetardive, ou seja, vinhos doces de colheita tardia. E é na Itália que encontramos sua melhor expressão.
Outra ideia é uma garrafa de vinho da uva Viura, onde reina na região espanhola da Rioja. É conhecida também como Macabeo ou Macabeu, uva que faz trio com as uvas ParelladaeXare-lo, composição dos espumantes Cava. Vinificada em inox resulta em vinhos exuberantes, cítricos, frescos, por vezes lorais. Já abarricados, com passagem em carvalho, perfumam o ambiente com sua complexidade.
A casta Arinto, autóctone de origem lusitana, reina em todas as regiões portuguesas, desde a região Vinhos Verdes até o Alentejo. E é em Bucelas, próximo a Lisboa, com solos argilo arenosos e margosos, que a Arinto se mostra na sua melhor versão. Resulta vinhos aromáticos, de excelente acidez, muitas vezes encorpados e potentes.
Indico alguns vinhos que provei e aprovei, em meio ao intenso calor do nosso Sudeste. São vinhos frescos e devem ser bebidos jovens. Procure a safra mais nova, não são vinhos para guardar.
