Santé! Caros leitores, é outono, momento dos lançamentos e das novas safras. Vou registrar para vocês minhas andanças por diversos eventos. Uma curiosidade é que os importadores de vinhos estão aprimorando esses encontros, em locações peculiares, o que tem agradado os profissionais e consumidores.
Especializada em vinhos portugueses e também espanhóis, o Wine Day da Qualimpor, recepcionou seus convidados efervescentemente, logo na entrada, servindo drinks elaborados com o Cava Freixenet. Um luxo só!
Uma Master Class, para profissionais destacou safras e vinhos especiais. Além do Cava Freixenet Brut Reserva Real, detalhado nas minhas indicações, o Rosé Elissia Pinot Noir - R$255,00 demonstrou aromas e sabores de frutas vermelhas com perlage delicado e longo.
Da região dos Vinhos Verdes, Pedro Araújo, da Quinta do Ameal surpreendeu a todos com o vinho branco Ameal Solo de personalidade, sápido e potente. Pedro ofereceu também uma vertical do branco Escolha Loureiro 2005 (apenas para demonstrar, não há mais no mercado) e o 2014 - R$271,00. Os vinhos da uva Loureiro, tem a sua fermentação e amadurecimento em barricas de carvalho francês por 6 meses. Obviamente a idade do 2005 foi denunciada por seus aromas já evoluídos, maduros, com toque oxydé, e tom amarelo dourado, agradabilíssimo.
O douro boy, Tomas Roquette, apresentou os afamados Crastos, já pautados nessa coluna, com sua simpatia habitual. O Quinta do Crasto Vinha Maria Tereza, Douro 2013 - R$1.452,00, foi um dos ícones. Elaborado apenas em colheitas excepcionais, este tinto com 49 castas diferentes, cultivadas há mais de 90 anos nas vinhas Maria Tereza, foi engarrafado em 2015, após 20 meses em barricas (85% carv. francês e 15% carv. americano). Frutas vermelhas silvestres, especiarias e muita complexidade unem-se aos taninos finos e muita elegância. Degustei também o Quinta do Crasto Roquette e Cazes 2014 – R$328,00, com Touriga Nacional e Franca e Tinta Roriz em sua composição. Esse duriense elegante tem 20 meses de estágio em carvalho francês e americano o que lhe aporta sutileza e maciez. Provei ainda um surpreendente vinho da uva Syrah, o Crasto Superior 2015 que descrevo nas minhas indicações, um super vinho!
Ainda no Douro, a região demarcada mais antiga do mundo, a Quinta dos Murças, vinícola com sobrenome Esporão, apresentou o tinto Quinta dos Murças Margem 2015 - R$ 478,00 (Tourigas Franca e Nacional) e o Quinta dos Murças VV47 - R$ 878,00 (Tintas Roriz, Amarela e Barroca; Tourigas Nacional e Franca; Sousão). Ambos de grande concentração de frutas, taninos maduros, encorpados e longos.
Os holofotes, certamente, recaíram sobre os Portos, que enriqueceram o fechamento da degustação. A Taylor’s, representada pelo especialista em Portos, Fernando Seixas, exibiu o Taylor’s Very Old 1968 - R$1.742,00. O fortificado de cor âmbar profundo, com aromas e sabores complexos, frutas secas, passas, caramelo e tabaco, demonstrava sua nobreza e evolução. Espetacular! Provei também o Taylor’s Tawny 20 Anos descrito a seguir.
Aproveite as dicas e até a próxima taça!
