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Momento DiVino "Vinícola Pizzato, DNA brasileiro" 26/06/15 - A Tribuna Jornal - Santos/SP
MOMENTO DIVINO 26-06-2015


Santé!

Um sonho que se tornou realidade em 1998. Pai e filhos iniciaram a vinícola, continuando o trabalho dos familiares imigrantes. O patriarca, Plínio, e os filhos Flavio, Flávia, Jane e Ivo (in memoriam) constituíram jurídica e materialmente a PIZZATO VINHAS E VINHOS.

São 42 hectares na Serra Gaúcha, 26 em Bento Gonçalves, Vale dos Vinhedos e 16 em Dr. Fausto de Castro, Dois Lajeados. Ali cultivam as brancas: Chardonnay, Semillon, Moscato, Malvasia Branca, entre outras. E as tintas: Merlot, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Tannat, Alicante Bouschet e Egiodola.

A Pizzato é uma das vinícolas nacionais mais premiadas por seus vinhos tranquilos e espumantes, exporta para diversos países e inclusive consta do guia Descorchados 2015.

 

Flavio (Vinícola Pizzato) com os Vinhos Embalados
Conversei com Flavio Pizzato, enólogo-chefe, atuante desde a primeira vinificação em 1999.


O vinhedo ou a adega, o que mais o atrai?

Vinhedo. A adega é necessária. Mas o vinho vem primordialmente, sem demagogia, do vinhedo.


Você acompanha a colheita e demais fases da viticultura?

Tudo. Nas vinhas o meu pai, Plínio, é o responsável com troca diária de informações e decisões conjuntas comigo no que tange aos objetivos finais no vinho. A partir do veraison (amadurecimento das uvas) acompanho diariamente os vinhedos.


Os vinhos naturais, orgânicos e biodinâmicos são uma tendência? Acha que são a expressão de uma vida mais saudável?

Podem ser. É apenas uma questão de quaisquer um deles seguirem as normas de segurança alimentar e de uso seguro das ferramentas permitidas para cada um deles. Além disso, há de se definir exatamente o que se entende por vinhos naturais, sempre lembrando que todo o vinho que siga o codex da OIV (Organisation Internationale de la Vigne et du Vin) é considerado natural.


E, até que ponto o consumidor pode confiar nas certificações de qualidade desses vinhos (naturais, orgânicos e biodinâmicos) hoje, no Brasil e no mundo?

Deve confiar nas certificações, mas deve atentar ao fato de que elas não garantem qualidade e/ou uso abusivo das ferramentas disponíveis: garantem apenas que foram utilizados os insumos/defensivos permitidos. Desta forma, não garantem qualquer tipo de segurança alimentar.


Muitos especialistas afirmam que o vinho com elaboração tradicional, que segue normas legais de manejo no vinhedo, jamais será superado, o que acha?

Mais do que normas legais há de se buscar o uso racional de tudo o que é legalmente permitido para cada uma das categorias de vinhos. Qualquer instrumento utilizado em excesso desequilibra o sistema, no curto ou no médio prazo. Assim, acredito que as várias alternativas de vinhos naturais (convencional/tradicional, orgânico, bio dinâmico, sem sulfitagem e etc) vão coexistir, cada uma delas carregando seu estilo, atributos, deficiências / limitações e aplicação.


Somos melhores nas borbulhas do que nos tranquilos?

Não somos melhores em um ou outro. Ambos vão muito bem, dependendo do ponto de vista e do momento de mercado. No mercado brasileiro há uma percepção de que os espumantes teriam um melhor desempenho. De 2005 à 2014 os vinhos tranquilos foram penalizados por fatores externos à vitivinicultura local (valorização cambial e competição forte do Mercosul e Chile, que têm como força exatamente o vinho tranquilo) enquanto os espumantes não teriam tido tamanho desafio (apesar da valorização cambial também em relação ao Euro, os custos/taxas de importação são bem maiores do que em relação ao Mercosul/Chile). É bastante comum o trade declarar que o vinho tranquilo brasileiro é bom mas é caro, enquanto para o espumante não há esse tipo de afirmação. Isso não era tão comum antes de 2005. E, no pós 2005, talvez, um pouco de comportamento ‘profecia autorrealizável' tenha se abatido sobre nós, produtores.


O que vende mais?

Para o caso da Pizzato, o vinho tranquilo. Mas os espumantes vêm crescendo em nosso portfólio e vendas.


Os brasileiros, apreciadores, têm preconceito com o vinho nacional?

Acredito que não seja preconceito, mas falta de tempo e priorização para com os vinhos brasileiros em um momento em que há uma grande disponibilidade de vinhos de várias origens em nosso mercado. Ou seja, há falta de conhecimento no sentido de ter a oportunidade de provar, discorrer sobre e entender o que são os vinhos brasileiros finos da fase contemporânea.


Qual seu estilo pessoal de vinho, Velho ou Novo Mundo?

Misto entre os dois, mas determinado, acima de tudo, pelo ambiente local, o que nos leva mais para o Velho Mundo.


Seu recado para os futuros jovens enólogos.

Muito estudo, prática, experimentação e cabeça aberta para as possibilidades do vinho e espumante brasileiros. Para além das técnicas e know-how, entendam os mecanismos (know-why) que os fundamentam.


Mais informações acesse o site: http://www.pizzato.net


Até a próxima taça!
momentodivino@atribuna.com.br




AGENDA

30/06 - Degustação do Whiskey Bourbon Woodford, com Jean Ponce, embaixador da marca no Brasil. Laticínio Marcelo às 20hs. Info 13 3234-1861.


PROVEI E INDICO


Pizzato Brut Branco Vale Dos Vinhedos
Uva: 80% Chardonnay / 20% Pinot Noir
Cor: palha e reflexo verdeal, brilhante, perlage fina e abundante.
Nariz: flores brancas, frutas cítricas maduras e cristalizadas, brioche. Amplo na Boca: seco, cremoso, acidez e 12°GL equilibrados, corpo médio, persistente
R$ 69,90

Pizzato Chardonnay 2014 Vale dos Vinhedos
Uva: Chardonnay
Cor: palha e reflexo verdeal, brilhante
Nariz: frutas cítricas como abacaxi e toque mineral
Boca: seco, fresco, frutado, 13°GL corpo leve, delicado
R$ 54,90

Pizzato Merlo Reserva 2012 Vale dos Vinhedos
Uva: merlot
Cor: rubi com reflexo violáceo; aromas de frutas vermelhas e negras, toque Nariz: frutas vermelhas, tostado, café e caramelo
Boca: seco, fresco e frutado, taninos presentes, bom corpo equilibrado com 13,5°GL, longo com toque doce, passa por barrica francesa.
R$ 54,90

Pizzato Fausto Verve 2011 Dr Fausto, Dois Lajeados
Uva: Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat,
Cor: rubi intenso com violáceo
Nariz: cerejas e ameixas maduras, especiarias, toque vegetal, chocolate, complexo
Boca: seco, todos aromas em boca, encorpado, taninos elegantes,13,5°GL vinho longo e elegante, carvalho francês
R$ 89,90

Pizzato Concentus 2010 Vale dos Vinhedos
Uva: 70%Merlot, 15%Tannat e 15%Cabernet Sauvignon
Cor: rubi intenso
Nariz: frutas vermelhas em compota, ameixas secas, pimenta, sous bois, café
Boca: seco, todos os aromas em boca encorpado, equilibrado 13,5°GL, taninos firmes, potente e longo , carvalho francês e americano
R$ 89,90

Pizzato DNA 99 Merlot 2011 Vale dos Vinhedos
Uva: Merlot
Cor: rubi intenso
Nariz: frutas vermelhas, especiarias, toque de chocolate
Boca: seco, equilibra frescor e 14°GL com taninos macios, bom corpo, longo e elegante, carvalho francês
R$ 189,00


Todos os vinhos no Marcelo Laticínios - http://www.laticiniosmarcelo.com.br


Vinícola Pizzato
26-06-2015
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