Santé!
No mês internacional da mulher, minha admiração e homenagem à Nicole-Barbe Clicquot-Ponsardin.
Em 1805, aos 27 anos de idade e com uma filha de 3 anos, a viúva de François Clicquot, assume o comando da Clicquot et Fils, dando a ela novo nome: Veuve Clicquot Ponsardin, transformando-a numa das mais renomadas Maisons de Champagne. Situada em Reims, faz parte da AOC (Apelação de Origem Controlada) Champagne, Fr. Nicole-Barbe iniciou a exportação de seus champanhes para a Rússia, já em 1811, obtendo fama e prestígio para seu vinho. Muito observadora e atenta, ouvia as queixas dos clientes, e, uma delas se referia à turbidez do vinho, causada por sedimentos, deixando o líquido opaco.
Segundo o famoso escritor e crítico inglês, Hugh Johnson, a viúva e o seu chefe de adega, Antoine de Müller, procuraram e acharam a solução. Criaram uma técnica capaz de retirar os restos da vinificação contidos na garrafa e ainda manter o gás carbônico, isso em 1816. Müller fez buracos numa mesa, e inseriu as garrafas de champanhe pelo gargalo com alguma inclinação. De tempos em tempos as mesmas eram sacudidas e giradas, aumentando-se gradualmente sua inclinação até que estivessem praticamente de pé sobre o gargalo. Em seguida, ao tirar a rolha o sedimento era expulso, conservando a grande maioria do líquido e sua efervescência. O champanhe então era virado de cabeça pra cima, rearrolhado e concluído.
Tal método manual de clarificação, resultou num líquido límpido, brilhante e transparente, que Nicole-Barbe tentou manter segredo, mas em 1821 quando associou-se a um empresário alemão, foi descoberto e divulgado, transformando toda a indústria. Indiscutivelmente, é à Maison Veuve Clicquot Ponsardin que se deve a criação desse método universal utilizado por toda a indústria, conhecido como remuage.
Curiosidade
Durante as Guerras Napoleônicas, Nicole-Barbe foi muito bem sucedida, exportando seu champanhe para Rússia, Prússia e Áustria, propagando seu produto pelas cortes da Europa, e até para o imperador D. Pedro II, na corte brasileira.
Hoje, a tradicional casa, que oferece aos turistas in loco, visita de todo o complexo com suas caves subterrâneas de mais de 23 km de extensão (para o envelhecimento de suas garrafas), com degustação especial de seus vinhos é uma das mais modernas, e sua marca compõe desde 1987, o grupo de artigos de luxo Louis Vuitton Moët Hennessy, com seus produtos de design arrojado e desejado.
A viúva Clicquot morreu em 29 de julho de 1866, deixando sua grande marca La Grande Dame. Sua força, visão e dedicação resultaram em total sucesso.
Mais info acesse: http://m.veuve-clicquot.com/
Até a próxima taça!
momentodivino@atribuna.com.br
AGENDA
24/03 - 3ªf - 20hs - degustação de vinhos chilenos e espanhóis no Marcelo Laticínios. R$ 70,00 revertidos em vinho. tel. 32341861
27/04 - 2ªf - 9h às 14h - Formação sobre Vinhos de Portugal (profissionais do setor) Nível III, com Rui Falcão. Hotel Intercontinental - São Paulo
Info: inscricoes@winesofportugal.br.com
PROVEI E INDICO
Veuve Clicquot Ponsardin Rosé, Reims, Champagne, Fr
Uva: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier
Cor: salmão, borbulhas finas abundantes e persistentes
Nariz: frutas vermelhas frescas, frutas secas e pão.
Boca: seco, fresco, cremoso, bom corpo, equilibra 12°GL álcool com finesse e final longo e cítrico
Marcelo Laticínio - Preço R$ 359,00
http://www.laticiniosmarcelo.com.br/